quinta-feira, 28 de setembro de 2017

O professor também é alvo de bullying?

Conceitualmente, não, pois, para ser considerada bullying, é necessário que a violência ocorra entre pares, como colegas de classe ou de trabalho. O professor pode, então, sofrer outros tipos de agressão, como injúria ou difamação ou até física, por parte de um ou mais alunos.

Mesmo não sendo entendida como bullying, trata-se de uma situação que exige a reflexão sobre o convívio entre membros da comunidade escolar. Quando as agressões ocorrem, o problema está na escola como um todo. Em uma reunião com todos os educadores, pode-se descobrir se a violência está acontecendo com outras pessoas da equipe para intervir e restabelecer as noções de respeito.

Se for uma questão pontual, com um professor apenas, é necessário refletir sobre a relação entre o docente e o aluno ou a classe. ''O jovem que faz esse tipo de coisa normalmente quer expor uma relação com o professor que não está bem. Existem comunidades na internet, por exemplo, que homenageiam os docentes. Então, se o aluno se sente respeitado pelo professor, qual o motivo de agredi-lo?'', questiona Adriana Ramos, pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenadora do curso de pós-graduação "As relações interpessoais na escola e a construção da autonomia moral", da Universidade de Franca (Unifran).

O professor é uma autoridade na sala de aula, mas essa autoridade só é legitimada com o reconhecimento dos alunos em uma relação de respeito mútua. ''O jovem está em processo de formação e o educador é o adulto do conflito e precisa reagir com dignidade'', afirma Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professora da Faculdade de Educação da Unicamp.
 
 Fonte: http://www.educacaoadventista.org.br  ( http://bit.ly/jrbhXk )

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

O BULLYING NA ESCOLA: COMO ALUNOS E PROFESSORES LIDAM COM ESTA VIOLENCIA? 

EDJÔFRE COELHO DE OLIVEIRA FACULDADE SANTO AGOSTINHO – FSA

    RESUMO: esta pesquisa teve como objeto de estudo a percepção de professores e alunos de escolas públicas estaduais do município de São João do Piauí em relação ao bullying escolar entre alunos do ensino médio. O tema bullying tem sido estudado largamente nos campos da Educação, Psicologia e Direito, entre outros, referindo-se a atitudes hostis, agressivas e mesmo violentas que sistematicamente ocorrem nas relações interpessoais em contextos grupais. A pesquisa pretendeu contribuir com seus resultados para que estudantes e profissionais dos campos da Educação e Psicopedagogia ampliem as reflexões sobre o tema e, ainda, discutir possíveis intervenções que possam prevenir ou minimizar o efeito do bullying escolar. Definiram-se como objetivos a serem alcançados analisar, no âmbito teórico, os temas socialização, atitudes, crenças, preconceitos sociais, formação da personalidade moral, bullying e educação moral e realizar pesquisa empírica sobre a percepção de professores e posicionamento de alunos sobre o bullying escolar. Optou-se pela pesquisa metodológica empírica de base qualitativa, utilizando a entrevista por questionários como instrumento para coleta de relatos, que foram interpretados com base na técnica de análise de conteúdo em sua dimensão qualitativa. Como resultado, verificou-se que o bullying está associado, em parte, a preconceitos sociais, a dificuldades decorrentes da formação moral de personalidades ligadas à fragilidade de modelos sociais encontrados no âmbito familiar e social. A pesquisa empírica revelou que os professores que dela participaram conheciam o problema, sabiam identificá-lo à luz dos parâmetros científicos e consideravam como causa a baixa autoestima das vítimas ou até mesmo dos agressores, o aprendizado de modelos agressivos oriundos das próprias famílias e o desejo do agressor de fortalecer o poder no âmbito grupal.